Práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina: uma interpretação comportamentalista

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Jordana Fontana
Carolina Laurenti

Resumen

Debates sobre gênero e feminismo têm aparecido cada vez mais no escopo teórico da abordagem comportamentalista, enfatizando a importância de examinar as contingências culturais que mantêm a dominação masculina em vigor. Segundo Bourdieu, as práticas de violência simbólica desempenhariam um papel importante na manutenção da cultura de dominação masculina, uma vez que esse tipo violência seria mais difícil de ser combatido, dado seu caráter sutil e inconsciente. O objetivo do artigo é examinar as práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina de acordo com a estrutura da contingência cultural de três termos, constituída por contexto, práticas e consequências culturais. Foram examinadas práticas como: divisão de espaços e atividades entre gêneros, inferiorização da feminilidade, conformação a padrões de estética e práticas sexuais voltados à fruição masculina. O contexto dessas práticas é produto do controle social exercido pelas agências controladoras, que difundem práticas de violência simbólica por meio do reforçamento diferencial e controle ético, propiciando aos homens um maior controle e acesso a importantes reforçadores sociais. As práticas de violência simbólica são mantidas por consequências favoráveis à sobrevivência da cultura de dominação masculina, beneficiando alguns grupos comandados majoritariamente por homens (agências controladoras) pela manutenção de poder e privilégios masculinos.

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Cómo citar
Fontana, J., & Laurenti, C. (2020). Práticas de violência simbólica da cultura de dominação masculina: uma interpretação comportamentalista. Acta Comportamentalia: Revista Latina De Análisis Del Comportamiento, 28(4). Recuperado a partir de https://www.journals.unam.mx/index.php/acom/article/view/77327