ULTRAFILTRAÇÃO NO PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTE DE LAGOA FACULTATIVA: CONDIÇÕES OPERACIONAIS E QUALIDADE DO PERMEADO
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Resumen
Os processos de separação por membrana vêm sendo aplicados em efluentes secundários para viabilizar o reúso em diversas modalidades. O presente trabalho avaliou o desempenho de um sistema piloto de ultrafiltração no pós-tratamento de efluente de lagoa facultativa da Estação de Tratamento de Esgotos de Mangabeira, em João Pessoa/PB. O sistema piloto foi avaliado sob duas perspectivas: operacional com testes sob diferentes condições e a avaliação do permeado com a caracterização físico-química e biológica das amostras de esgoto bruto, efluente de alimentação, permeado e retrolavagem. A partir da avaliação operacional, constatou-se a estabilidade do sistema em fluxos relativamente baixos (27.5 e 37.5 L. m-2. h-1), limitados pelas características do efluente de alimentação (elevada fração orgânica e presença de microalgas) e pelas condições operacionais (filtração perpendicular e pré-tratamentos inadequados). O permeado apresentou baixa concentração de matéria orgânica (média de 5 mg O2. L-1 de DBO5,20 e 26 mg O2. L-1 de DQO) e ausência de coliformes termotolerantes, enquadrando-se em diversos padrões de reúso. Por fim, além de reutilizar a água, o concentrado de retrolavagem, rico em algas, tem potencial para gerar biocombustível.